sexta-feira, 1 de março de 2013

Mudanças no quadro da ExNEL


Mudanças no quadro da ExNEL! No Conselho Nacional de Entidades de Letras – CoNEL realizado na UFES (em Vitória/ES) neste último final de semana foram definidos os desligamentos de alguns executivos e entrada de novos nos cargos da ExNEL, até o próximo ENEL que acontecerá em Manaus em julho. A relatoria da plenária final do CoNEL será divulgada em alguns dias. Abaixo, as mudanças na Executiva. Desejamos boas vindas aos novos companheiros de luta!

Novos Executivos:
  • Eduardo Dias de Carvalho Filho – UFMG (Estadual Minas Gerais)
  • Christian Coelho – UFMG (Estadual Minas Gerais)


Alterações:
  • Lucas Eduardo – UFG (de Executivo Estadual Goiás para Nacional Acessibilidade e Libras)
  • Túlio Gontijo – UFG (de Executivo Estadual Goiás para Nacional Arte e Cultura)


Desligamentos: 
  • Maria Helena (Nacional Acessibilidade e Libras)
  • Rhayza Martins (Nacional Arte e Cultura)
  • Pedro Régis (Estadual Rio de Janeiro)
  • Emmanuelle Mourão (Coordenação Norte)


sábado, 16 de fevereiro de 2013

“A Educação Precisa de Respostas”, mas qual mesmo é a pergunta?

Texto falando sobre a campanha “A Educação Precisa de Respostas” do grupo de comunicação RBS, mostrando que o grupo apenas utiliza o assunto com oportunismo e hipocrisia.


“A Educação Precisa de Respostas”, mas qual mesmo é a pergunta?

Por Catiúscia Custódio de Souza - Historiadora UFSC

Hoje se inicia mais um ano letivo no Estado de Santa Catarina. As questões que envolvem a educação básica continuam a trazer mal estar e insegurança para as comunidades que necessitam utilizar a rede pública de ensino. As estruturas das escolas estão cada vez piores, os salários dos professores são desanimadores, o material didático é escasso e de baixa qualidade, o serviço de alimentação e limpeza das escolas são precários. Em fim, uma situação que já perdura há décadas. No entanto, nada ou pouco foi feito para mudar essa realidade. Nos últimos dois anos de 2011 e 2012 os professores da rede Estadual catarinense empreenderam greves exigindo plano de carreira e o piso salarial anunciado pela federação. Porém, as greves reivindicavam também a melhoria das estruturas escolares, o fim da terceirização da merenda escolar, o destino correto do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) disponibilizado pela União aos Estados. Neste ponto, é importante colocar que o recurso estava sendo utilizado pelo estado catarinense de forma incorreta, ou seja, o recurso ao invés de chegar às escolas e promover a valorização dos profissionais da educação estava sendo usado para pagar outras contas do governo do Estado.

Durante o período de greves não faltaram ações de repressão por parte do estado contra os professores, com a utilização mesma do BOPE e com a ajuda da imprensa sensacionalista e conservadora. A imprensa não poupou esforços para marginalizar a categoria dos professores e construir uma opinião pública de massa contra as greves em andamento. Aliado a todos estes problemas, os professores também tiveram que lidar com pais de alunos que não conseguiam enxergar a realidade educacional de seus próprios filhos e só faziam reclamar que seus filhos estavam em casa em vez de estarem na sala de aula. Revolucionários foram aqueles que apoiaram o professores, a sua luta e entenderam as causas que levaram a greve, entendendo que a educação é um problema de todos. Mas o resultado de todo este movimento infelizmente não foi positivo, os professores vencidos pelo cansaço, pelas medidas repressivas do Estado (polícia e corte de salário), pela imprensa manipuladora voltaram às salas de aula com um acordo salarial enfiado goela abaixo e com a tristeza de ter de enfrentar a mesma situação de precariedade em suas escolas. Mas eles continuaram sua luta, seja pelas redes sociais, seja pelas denuncias de corrupção dos políticos catarinenses, eles não desistiram e continuam a lutar todos os dias em sala de aula por uma educação de qualidade que o Estado não quer!

Bom, mas esta contextualização tem um objetivo que é manifestar a minha indignação perante a desfaçatez da emissora de TV que detém o monopólio da comunicação no Estado, que promove a campanha “A Educação Precisa de Respostas”. Mas qual é mesmo a pergunta? No dia de hoje, volta às aulas da rede pública a tal emissora se coloca como justiceira, apontando a precariedade das escolas públicas, a insegurança e a indignação de pais e alunos por não terem condições nenhuma de iniciar o ano letivo. Na sua reportagem mostrou salas de aula com goteiras, bibliotecas que simplesmente não existem, fiação elétrica exposta, lixo nos pátios, falta de limpeza e tantos outros problemas estruturais. Alertou para a falta de professores nas salas de aula e exigiram soluções do poder público! Nossa, que comoção, quase me emocionei!

Agora eu pergunto: durante o período de greve dos professores porque reportagens desse caráter não foram feitas? Porque a impressa simplesmente se preocupou em acusar e marginalizar as greves dos professores ao invés de procurar compreender os reais motivos que levaram a sua eclosão? Essa emissora realmente esta preocupada com a qualidade do ensino público ou apenas aproveita a situação para realizar seu jornalismo sensacionalista e mostrar-se falsamente ao lado da população? Francamente, eu já tenho minhas conclusões, mas a cada um cabe a análise histórica e política destas perguntas. Alguns dirão, antes tarde do que nunca denunciar a situação da educação pública, concordo. Porém, não concordo com denuncias como esta que não contextualizam os processos de luta por uma educação pública de qualidade, pois quando a imprensa faz seus recortes jornalísticos e se coloca como a dona da verdade esta colocando a sociedade a margem das decisões e da construção de políticas públicas que venham a transformar a sociedade. Sinceramente, a educação pede socorro há muito tempo, por isso cabe a todos os pais, alunos, professores, imprensa e governo conscientização, participação, mobilização, organização, mudança, políticas públicas concretas e a luta pela destinação de 10% do PIB para a Educação!



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

POLÍTICA DE TRABALHO PARA AS ENTIDADES ESTUDANTIS



por Roberto Leite

 CONCEPÇÃO DE ENTIDADE

                As entidades estudantis foram criadas pelos estudantes para representar e defender todas as suas aspirações,sejam elas cientifico-culturais, políticas, econômicas, esportivas, etc. Delas devem participar todos os estudantes, independente de suas concepções e interesses particulares, não podendo haver qualquer tipo de discriminação. Numa palavra, as entidades estudantis são todos os estudantes.
                É justamente nesta união de todos os estudantes que reside a força das entidades estudantis. Sendo assim, qualquer menosprezo por qualquer uma das aspirações mencionadas anteriormente diminui a abrangência de representação da entidade e, consequentemente, diminui também sua força.
                Para garantir que as entidades estudantis abranjam todos os estudantes e represente os interesses dos mesmos é necessário que somente os estudantes definam os rumos que suas entidades devem tomar e que estas estejam ligadas somente a outras organizações estudantis com o mesmo caráter. Chamamos a isso deindependência das entidades.
                Quando isso não ocorre dizemos que a entidade é atrelada,a o que resulta geralmente na intervenção de instituições ligadas ao Estado dos destinos da entidade. O  baixo índice de sindicalização dos trabalhadores em nosso país deve-se em grande parte ao atrelamento dos sindicatos ao ministério do trabalho, o que gera o descrédito nestes.
                Resguardar a independência das entidades não significa, no entanto, adotar uma postura corpoativista, isto é, de isolamento em relação a outras entidades e ter a ilusão de que os estudantes isolados de outras categorias e do movimento popular, possam resolver sozinhos os seus problema. Ao contrário, o que se coloca hoje para o movimento estudantil é ampliar o apoio popular para fazer avançar a luta por uma nova universidade. Deve-se ter uma compreensão clara de que as entidades estudantis são entidades de massa. Delas participam todas as correntes de opinião e pensamento, não podendo, no entanto, a entidade estudantil vir a ser confundida com nenhuma delas. As partidarização das entidades de massa leva inevitavelmente ao enfraquecimento das mesmas e à desastrosa divisão do movimento. A concepção de que a força das entidades estudantis resida na união de todos os estudantes deve nos levar no combate intransigente à partidarização das mesmas e nos colocar na linha de frente da defesa das instâncias unitárias de deliberação do movimento e o conseqüente combate a quaisquer tentativas de promover a divisão deste.

PATERNALISMOS

                É fundamental que uma diretoria seja aplicada nas atividades da entidade. Porém, é necessário que este esforço seja canalizado corretamente. É importante que se tenha sempre em mente a necessidade de se incorporar o maior número possível de estudantes na elaboração e execução das atividades da entidade. O paternalismo caracteriza-se pela substituição do conjunto dos estudantes em suas lutas e atividades. No fundo, reflete uma subestimação da capacidade dos estudantes em crescerem em mobilização, organização e consciência ou a vontade explícita de não mobilizar a categoria. O paternismo deve ser combatido, pois fera o assistencialismo, vela a crer que a entidade reduz-se à sua diretoria e em nada contribui para elevar o nível de mobilização, organização e consciência dos estudantes. Enfim, leva à estagnação da entidade, não gerando novas pessoas dispostas a participar.

AMADORISMO

                O trabalho de uma diretoria não pode ser levado como algo sem muita importância. Ao contrário, trata-se de um compromisso assumido com os estudantes e com o movimento popular em geral. Portanto, deve ser conduzido com o máximo de responsabilidade. Não basta também que se tenham as propostas mais conseqüentes para o movimento. É necessário que a responsabilidade política tenha o seu correspondente organizativo.
                Sendo assim, a diretoria e suas secretaria devem ter suas reuniões fixadas, suas deliberações registradas, as atividades da entidade documentadas e, no final da gestão, deve ser feita uma prestação de contas das atividades e das finanças desenvolvidas.

TENDÊNCIAS DO M.E  E TRABALHO NAS ENTIDADES

                É natural que existam tendências que atuem no movimento estudantil. A existência das mesmas evidencia o grau de politização dos estudantes, a consciência de que é necessário se organizar também politicamente e não apenas em entidades de categoria. O combate a existência das tendências seja de onde partir, interessa as que não querem ver o nosso povo organizado em nível superior, isto é, a nível político. Aqui deve-se fazer uma diferenciação entre o combate à existência das tendências, que é na sua essência reacionário, e justo combate à prática de determinadas tendências nas entidades. No último caso queremos nos referir aqueles que utilizam a entidade como sendo propriedade de sua corrente política, isto é “aparelham” a entidade. Esta prática é nociva no movimento, esvazia a entidade e, portanto, deve ser combatida. Enquadram-se também nesse caso aqueles que para beneficiarem, desrespeitam as Instâncias democráticas e unitárias do movimento.

DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES

                O M.E tem se caracterizado, em geral, pelo cupulismo. Só podemos superar esta situação se tivermos sempre em mente no trabalho da entidade a necessidade permanente de elevar e ampliar os níveis de democracia e participação. Ambas constituem elementos fundamentais de implantação e consolidação do M.E. A eficiência por si só não consolida o trabalho. Nesse sentido, seguem-se algumas considerações.

CONSELHOS DE REPRESENTANTES DE TURMA

                A Reforma universitária de 68 trouxe consigo, através da implantação do sistemas de créditos, a dispersão das turmas nas universidades. A partir de então, as turmas não permaneceram as mesmas todo o curso, e que é mais grave, não são formadas por alunos de um mesmo curso. Não é difícil perceber  que, anteriormente, com turmas fixas e de um mesmo grupo, a coesão dos estudantes era mais fácil de se conseguir e, consequentemente mais fácil também era a sua organização e mobilização. É necessário ainda fazer uma diferenciação importante, que muitas vezes não se compreende: diretoria e entidade. A diretoria é apenas um dos fóruns de deliberação e representação da entidade, tendo atribuições limitadas no que diz respeito à condição do movimento. A confusão entre uma coisa e outra, seja de onde partir, conduz no enfraquecimento da entidade.

O PAPEL CENTRAL DAS ENTIDADES ESTUDANTIS

                As entidades estudantis devem desenvolver uma série de atividades. Todas elas com o intuito de organizar e conscientizar os estudantes para a luta em torno de seus problemas mais sentidos. É fundamentalmente na luta que se consegue estes objetivos. As outras atividades ajudam a elevar o nível de consciência e organização , daí a necessidade de não serem menosprezadas. Porém, é na luta que se tem demonstração da prática do nível  de consciência e organização, e ao mesmo tempo, é o que mais contribui para conscientizar e organizar. É a única atividade capaz de aglutinar as atenções de toda categoria, pois toca nos seus interesses mais sentidos, que dizem respeito a todos e não apenas a uma parcela. Pensar que somente através de promoções se fortalece a entidade, ou que isto deva ser o papel central de uma entidade é um grave erro. Leva ao abandono dos interesses fundamentais dos estudantes, desacreditando a entidade.

LUTAS GERAIS E LUTAS ESPECÍFICAS

                Duas posturas têm freqüentemente levado no enfraquecimento das entidades estudantis. Em geral, uma surge com a reação à outra. A primeira é fazer com que a entidade coloque todas as suas atividades e propagandas em função de lutas de caráter eminentemente político. Esta postura, além de desconhecer a diferença entre uma entidade de categoria e um partido político, é fruto de uma concepção Vanguardista, na qual o movimento estudantil seria o ponto de lança das lutas pelas transformações sociais. A segunda, não menos equivocada, reduz o trabalho da entidade às atividades das secretarias e apenas às lutas específicas dos estudantes. Este tipo de postura não leva em consideração as relações existentes entre os problemas específicos e gerais da sociedade, conduz ao corporativismo, a aversão à política e não possibilita a elevação do nível de consciência dos estudante. Enfim, desarma os estudantes na luta em torno dos seus problemas mais sentidos e não coloca o movimento estudantil como um aliado do movimento operário e popular na luta pela transformação da sociedade. Conforme concluímos anteriormente, o papel central das entidades estudantis, assim como todas as entidades de categoria é a luta em torno dos problemas mais sentidos na categoria, no caso as lutas educacionais. Somente esta concepção, aliada a uma justa compreensão do inter-relacionamento profundo existente entre os problemas específico e gerais, é capaz de colocar o movimento estudantil como um aliado conseqüente do movimento operário e popular.

MÉTODO DE TRABALHO NAS ENTIDADES

                O planejamento e controle das atividades de uma entidade permitem reduzir ao mínimo os elementos de espontaneísmo e acaso, bom como determinar e corrigir a tempo as deficiências e erros que porventura venham acontecer. O trabalho da entidade não pode ficar o tempo todo a reboque dos aconteceimentos para que possamos intervir corretamente nos mesmos e não sermos surpreendidos.
                O programa das chapas não deve ser visto como uma mera exigência burocrática de estatutos ou simples propaganda. Ao contrário, é ele o plano global de uma gestão, devendo conter claramente os objetivos fundamentais da mesma, sendo o guia de orientação de todas as atividades da entidade. Portanto, a elaboração do programa e sua execução devem merecer o máximo de atenção. A planificação é inseparável do controle, através do qual acompanhamos a execução das tarefas em curso, corrige-se a tempo os erros cometidos, leva-se em conta os novos elementos que possam surgir. Sem controle, a planificação não tem sentido.
                Em que pesem as dificuldades geradas pela R.U., as turmas constituem o núcleo fundamental de implantação e consolidação do movimento estudantil. É nelas que transcorre a maior parte da vida universitária. Por isso, uma justa política para o M.E. não pode deixar de levar em conta a importância de se implantar e fortalecer os CORETURs. O CORETUR permite que o M.E. com toda sua dinâmica característica, tenha uma maior estabilidade. Incentiva o surgimento e fortalecimento de lideranças de sala de aula, permitindo uma renovação permanente das diretorias das entidades, evitando a eternização de pessoas no movimento por falta de outras novas que assumam o trabalho. O CORETUR também funciona como um “termômetro” do grau de disposição dos estudantes para a luta ou atividades, auxilia na determinação dos problemas mais sentidos dos estudantes. É, portanto um elo dinâmico de ligação entre diretoria e turmas. O CORETUR é também uma instância democrática das entidades que, embora sendo menos representativo que a Assembléia, é mais ágil que esta e mais representativo que a diretoria. É deste modo um instrumento precioso para corrigir o erro do “assembléismo” ou da concentração de todas as decisões nas mãos das diretorias. Em geral, as entidades estudantis têm caído num ou noutro pólo. Por fim, é preciso que o CORETUR não seja visto como algo meramente burocrático ou para executar tarefa sugerida pela diretoria. Para que ele tenha sentido de existir e não se desestruture, é necessário que exerça como equidadade e plenitude todas as suas funções –: consultiva, deliberativa e fiscalizadora.

DIVERSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES

                Embora a luta em torno dos problemas mais sentidos dos estudantes seja o papel central das entidades estudantis e a atividades que consegue aglutinar a grande maioria dos estudantes nem sempre é ela quem atrai inicialmente parcela dos estudantes para o reconhecimento e participação no movimento estudantil. Atividades artísticas, culturais, científicas, esportivas e sociais constituem parcela significativa na ampliação da representatividade das entidades estudantis. Mais do que isto, contribuem decisivamente para elevar o nível de consciência  e organização dos estudantes, preparando-os para suas lutas. Portanto, qualquer menosprezo na condução dessas atividades significa uma menor participação dos estudantes, e consequentemente, o enfraquecimento da entidade. As iniciativas espontâneas dos estudantes nesse campo não podem ser encaradas como uma atividade divisionista ou paralela à entidade, principalmente quando o M. E. pouco ou quase nada tem-se preocupado ou feito a esse respeito. Ao contrário, a postura correta nesse caso é colocar o apoio efetivo da entidade no que está desenvolvido.
                Somente a realização dessas atividades, porém, não basta. É inegável a contribuição que a juventude tem dado ao desenvolvimento da arte, da ciência e do esporte em nosso país. No entanto, quanto potencial neste campo está ainda por ser desenvolvido. É tarefa urgente para o M.E. a elaboração de uma política para a cultura, arte, a pesquisa científica e o esporte para a juventude estudantil. Só assim estaremos colocando no devido nível de importância estas atividades.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Letras pra quê?


Discurso do professor Marcos Bagno (UNB) na mesa de abertura do VII EBREL

Vou começar essa conversa com uma afirmação clara e simples: a situação dos nossos cursos de Letras é catastrófica. Qualquer um: seja de universidade pública prestigiada em grande capital, seja de pequena faculdade isolada no sertão, a diferença é pouca. É doloroso ter que admitir isso. É angustiante, para uma pessoa apaixonada pelo estudo da linguagem em todas as suas manifestações, ter de escrever essas palavras: os nossos cursos de Letras são uma catástrofe. Por quê?

Para começar, o próprio nome — Letras — revela um apego a concepções de educação e de formação de cidadãos (no masculino mesmo) que vigoravam no século XIX e que, depois de tantas revoluções ocorridas nas ciências e nas sociedades humanas, não tem mais nenhuma justificação séria para continuar existindo. É deprimente saber que a pessoa que conquistou uma vaga num curso de Letras vai ingressar numa estrutura acadêmica obsoleta, anacrônica, que foi delineada há pelo menos duzentos anos.

O estudo das “Letras” ou das “Belas Letras”, como também se dizia, era regido por ideias e ideais muito elitistas, aristocráticos (além de sexistas, já que as mulheres não estavam incluídas neles), por critérios antiquados de elegância e bom gosto, o que fica evidente já pelo uso do adjetivo “belas”. O que se cultivava e cultuava nas “Belas Letras” era uma literatura clássica, toda composta de autores devidamente mortos e
enterrados: só merecia estudo a “grande” prosa, a “grande” poesia, a “grande” dramaturgia... Literatura oral? Nem pensar! Literatura alternativa, marginal, transgressora? Deus nos livre! Literatura escrita por mulher? Imagine! Desde quando as mulheres escrevem coisa séria?

Literatura de autor vivo? De jeito nenhum: era preciso que ele fosse devidamente “imortalizado” pelas Academias de Letras (que não têm esse nome por acaso, já que também são instituições elitistas, anacrônicas e obsoletas). No que dizia respeito às línguas, o espírito (ou o fantasma?) era o mesmo.

Só eram estudadas as línguas “clássicas” (o latim, o latim e principalmente o latim... o grego, só para os gênios mais ousados), as línguas modernas mais prestigiadas (o francês, o francês e principalmente o francês...) e, no tocante ao português, única e exclusivamente a língua considerada “correta”, “pura” e “elegante”, sempre colhida da obra daqueles mesmos “grandes” escritores. Com isso, o ciclo se fechava sem nenhum atrito nem aperto: “literatura” era só um conjunto seleto de obras que, por sua vez, eram escritas num modelo muito restrito de “língua correta” que, por sua vez, era a única manifestação merecedora do rótulo de “língua portuguesa”.

Daí o nome de “Letras”: só o que era escrito, e escrito por poucos, era objeto de estudo.
A Faculdade de Letras de Paris, por exemplo, oferecia os seguintes cursos quando foi criada, em 1808: Literatura Grega; Eloquência Latina; Poesia Latina; Eloquência Francesa; Poesia Francesa. Precisa de comentários?

No que diz respeito ao estudo do português, é preciso lembrar que a inclusão da língua portuguesa como disciplina curricular (nas escolas e nas faculdades) só ocorreu no Brasil nas últmas décadas do século XIX, já no final do Império. Tratado exclusivamente em sua vertente literária consagrada, o português era estudado com a mesma metodologia empregada para o estudo das línguas mortas: dissecado em frases soltas, por sua vez dissecadas em seus elementos constitutivos que eram devidamente rotulados de acordo com as classificações herdadas da gramática grega e latina.

Tarefas como fazer a análise sintática de estrofes d’Os Lusíadas ou do Hino Nacional Brasileiro eram o padrão. Qualquer semelhança com a autópsia de um cadáver não é mera coincidência! Não espanta o horror que as “aulas de português” provocavam (e ainda provocam) em tanta gente.

Com o surgimento da ciência linguística moderna, no início do século XX, poderíamos imaginar que uma grande revolução abalaria essa arquitetura aristocrática, derrubando os velhos templos beletristas neoclássicos, mofados e insalubres, para, no lugar deles, se erguerem edifícios arejados, iluminados, funcionais, onde a ciência poderia transitar à vontade. Nada disso, porém, aconteceu. A disciplina chamada Linguística só foi incorporada ao currículo oficial dos cursos de Letras no Brasil no ano de 1961. Quando a Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo foi criada, em 1934, um dos formuladores do currículo escreveu que era preciso ensinar português correto aos brasileiros porque falavam muito mal a língua. Está lá, nos registros. E é com esse espírito colonizado que a grande maioria dos nossos cursos de Letras vive até hoje. Basta conversar com alguns docentes mais antigos da UnB para verificar isso.

Os estudos científicos foram sendo incorporados aos cursos de Letras no Brasil de maneira desordenada, sem planejamento curricular adequado, simplesmente com o acréscimo de uma disciplina aqui, outra ali, mais algumas acolá. Não é por outra razão que o nome do curso permaneceu intacto, mesmo com a anexação de disciplinas provenientes de perspectivas científicas mais atualizadas. Se a gente investigar a lista das unidades acadêmicas das grandes universidades brasileiras, vai topar sempre, em todas elas, com alguma coisa do tipo Faculdade de Letras ou Instituto de Letras. Exceção digna de nota é o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e seu caráter excepcional se deve, entre outras coisas, ao ano de sua criação (1976), no âmbito de um projeto universitário inovador para a época. Mesmo assim, o IEL oferece atualmente uma graduação em... Letras!

Em vez de se promover a implosão do curso de Letras, totalmente inadequado para abrigar as novas concepções científicas do século XX, o que se promoveu foram “puxadinhos”, como muitas pessoas costumam fazer em suas casas: para não ter de derrubar um imóvel e reconstruí-lo de maneira a torná-lo adequado aos fins que se deseja para ele, vai se construindo novos cômodos e anexando eles na casa já existente. Assim, os cursos de Letras começaram a se tornar o que são até hoje: verdadeiros Frankensteins acadêmicos.

Muitos dos profissionais que atuam nos cursos de Letras parecem se negar (consciente ou inconscientemente) a admitir que a vocação natural do curso é a formação de docentes de português e/ou de línguas estrangeiras, numa recusa que se contrapõe às diretrizes do próprio Ministério da Educação no que diz respeito à formação docente. Os mestres e doutores que professam nas Letras se comportam como se estivessem ali para formar grandes escritores e críticos literários, ou filólogos e gramáticos do perfil mais tradicional possível. Alguns poucos, bem intencionados, mas iludidos, acreditam que vão formar futuros linguistas, pesquisadores sintonizados com a ciência moderna. Com isso, somos obrigados a ministrar, como professores, e a cursar, como estudantes, disciplinas totalmente irrelevantes para a formação docente e, ao mesmo tempo, deixamos de lado todo um conjunto de teorias e práticas que são de primeiríssima necessidade para que alguém que se forme em “Letras” possa trabalhar em conexão com o que se espera, hoje, de um professor de língua.

Aqui na UnB, por exemplo, muitas das disciplinas de sintaxe são dadas exclusivamente na perspectiva do gerativismo chomskiano, uma teoria linguística que, por mais interessante que seja do ponto de vista filosófico, não tem contribuição nenhuma a dar para alguém que, saindo da universidade, vai ter que enfrentar a prática da sala de aula. A tentativa que se fez, nos anos 1970, de aplicar o gerativismo ao ensino de português foi um estrondoso desastre. Valeria mais a pena usar esse precioso tempo de formação para o estudo aprofundado e crítico da tradição gramatical, que ainda domina com muito vigor o imaginário social acerca de língua e linguagem. O resultado é que as pessoas se formam em Letras sem dominar a teoria gerativa (o que, aliás, é impossível porque seu fundador destrói e reconstrói regularmente a teoria a cada tantos anos...) e sem conhecer a tradição gramatical (o que seria importantíssimo), mas somente um conjunto de afirmações pejorativas a respeito dela, que em nada contribuem para a formação de quem vai ter que lidar com a gramática em sua vida profissional.

Em contrapartida, aqui e em praticamente todos os cursos de Letras, milhares de estudantes saem da universidade sem sequer ter ouvido falar (ou tendo ouvido falar muito vagamente) de gramaticalização, pragmática, discurso, letramento, gênero textual, enunciação, sociocognitivismo, sociointeracionismo, sociologia da linguagem, políticas linguísticas, crioulização, diglossia, teorias da leitura, relações fala/escrita... áreas de pesquisa e de ação fundamentais para que se tenha uma visão coerente do que é uma língua e do que significa ensinar língua.

Para piorar, essas mesmas pessoas também saem acreditando que existe “oração sem sujeito” e “sujeito oculto”, que existe uma “voz passiva sintética”, uma “terceira pessoa do discurso”, uma diferença entre “adjunto adnominal” e “complemento nominal”, acreditando que as palavras porém, todavia, contudo são “conjunções adversativas”, e outros mitos e superstições que nossa tradição gramatical insiste em preservar e que os cursos de Letras não se empenham, como deveriam, em criticar e substituir por conceitos mais afinados com a teorização e com a pesquisa científica contemporâneas. A probabilidade de encontrar um recém-diplomado em Letras que saiba explicar, por exemplo, o que é um fonema sem repetir o erro teórico de que se trata de um “som da língua” é quase a mesma de encontrar uma agulha num palheiro. Mais desastroso ainda é encontrar essa definição completamente equivocada na maioria dos livros didáticos (escritos por pessoas formadas em... Letras).

Na grande maioria dos cursos, o único contato que o estudante tem com a ciência da linguagem e sua história se dá através de uma disciplina chamada “Introdução à Linguística” ou coisa parecida, muitas vezes num único semestre, e que, frequentemente, se interrompe justamente onde deveria
começar: no nascimento da Linguística moderna, inaugurada pelos trabalhos de Ferdinand de Saussure (publicados em 1916...).

Com isso, quando se veem diante da tarefa de escolher uma coleção de livros didáticos de português dentre as que lhe são oferecidas pelo Ministério da Educação, essas pessoas quase sempre optam pelas coleções mais conservadoras, menos desafiadoras, justamente as que recebem as avaliações menos favoráveis da parte dos especialistas encarregados pelo Ministério de analisar as obras didáticas disponíveis no mercado. E como poderia ser diferente se, em sua formação acadêmica, esses professores jamais foram apresentades aos critérios usados pelo MEC para avaliar livros didáticos, se jamais entraram em contato com as teorias de ensino-aprendizagem de língua materna que sustentam hoje em dia as políticas oficiais de educação linguística?

Além desses problemas que têm a ver com a própria estrutura dos cursos de Letras, existem outros, mais amplos e muito mais trágicos. E o mais grave deles se resume na seguinte frase, tirada de uma notícia de jornal: Somente 25% dos brasileiros que têm entre 15 e 64 anos dominam a leitura e a escrita, de acordo com resultados do 5º Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional).

Em qualquer país que tivesse uma história educacional diferente da brasileira, isto é, em qualquer país onde a educação fosse uma verdadeira prioridade nacional, uma notícia como essa teria o efeito de um terremoto de proporções arrasadoras. Mas o que estou dizendo? Em qualquer país onde a educação fosse uma questão nacional de primeira ordem, uma notícia como essa jamais seria publicada! E o pior é que essa notícia se refere aos resultados do Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional) em sua edição de 2005. Em 2012, com os novos dados do Inaf, a situação catastrófica descrita permanece inalterada, sete anos depois: 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. A notícia foi publicada. Não aconteceu nenhum terremoto e, pelo visto, ninguém se apavorou a ponto de merecer destaque na imprensa. Afinal, a nossa imprensa só se preocupa em mentir e deformar a opinião pública com histórias que ela mesma inventa e transforma em minisséries ou novelas de sucesso.

O quadro absolutamente precário do alfabetismo no conjunto geral da população brasileira se reflete também no conjunto menor do nosso professorado. O desprestígio que vem acompanhando fielmente a profissão docente nas últimas quatro ou cinco décadas — devido à degradação progressiva e permanente das condições de trabalho e aos salários aviltantes — tem levado a uma redução drástica do contingente de pessoas bem formadas, bem letradas e de origem socioeconômica privilegiada (classes médias e médias altas) que querem se dedicar ao ensino básico. Daqueles 25% de brasileiros com nível pleno de alfabetismo, quantos estão hoje em sala de aula de escolas públicas? Abandonados por essas camadas sociais, os cursos superiores voltados para a formação de professores são procurados cada vez mais por pessoas originárias de grupos sociais em que as práticas letradas (leitura e escrita) são muito restritas, quando não são praticamente nulas. É o que podemos ler nesta outra reportagem:

O professor formado pelas universidades brasileiras é filho de pais que nunca foram à escola ou nem sequer completaram os quatro primeiros anos do ensino fundamental. Vive em famílias com renda inferior a R$ 1.800/mês e estudou sempre em escola pública. [...] O questionário socioeconômico do provão de 2001 do Ministério da Educação mostra que os formandos de cursos como pedagogia, letras, matemática, biologia, física e química (os mais procurados pelos que pretendem ser professores) têm perfil distinto dos que saem de cursos mais concorridos, como medicina, ou de oferta mais comum nas faculdades, como direito e administração.

Esses números significam muita coisa. Significam que esses estudantes têm um histórico de letramento muito reduzido: no ambiente familiar, não convivem com a cultura letrada, não têm acesso a livros, revistas, enciclopédias etc., não são falantes das normas urbanas de prestígio (as mesmas que supostamente terão de ensinar a seus futuros alunos) e têm domínio escasso da leitura e da escrita. Só na faculdade é que a maioria dos estudantes de Letras vai ler, talvez pela primeira vez na vida, um romance inteiro ou um texto teórico mais complexo. As pessoas que atuam em nossos cursos superiores de Letras, porém, fazem de conta que esses estudantes são ótimos leitores e redatores e despejam sobre eles, logo no primeiro semestre, teorias sofisticadas, que exigem alto poder de abstração e familiaridade com a reflexão filosófica, junto com textos de literatura clássica, escritos numa língua que para eles é quase estrangeira. E assim vamos nos iludindo e iludindo os estudantes.

O resultado, volto a insistir, é que grande parte dos futuros professores de português saem diplomados sem saber linguística, sem conhecer a tradição gramatical, sem saber teoria e crítica literária e sem conseguir escrever adequadamente um texto de qualquer gênero mais monitorado. Todos os dias, eu recebo mensagens de formandos de vários pontos do país que me pedem sugestões de temas e de leituras para seus trabalhos de conclusão de curso.

Alguns até me enviam seus projetos: são textos repletos de erros primários de ortografia, pontuação, sintaxe, vocabulário, com frases truncadas e desconexas, além de abordagens teóricas pobres, superficiais, quando não distorcidas, reveladoras das grandes dificuldades de leitura e compreensão de textos teóricos mais densos. É assim que essas pessoas chegam ao final do curso, e suas monografias, mal escritas, sem nenhum rigor teórico ou metodológico, são aprovadas alegre e irresponsavelmente por seus (supostos) orientadores. E a coisa prossegue no Mestrado e no Doutorado, onde são aprovadas dissertações e teses que não poderiam servir nem como trabalho de disciplina de graduação.

O problema, é claro, não está no fato de acolhermos na universidade pessoas vindas das camadas mais desfavorecidas da população. Ao contrário, isso tem de ser amplamente comemorado. O problema é não oferecermos a essas pessoas condições de, primeiramente, se familiarizarem com o mundo acadêmico, que é totalmente estranho para elas, por meio de cursos intensivos (e exclusivos) de leitura e produção de textos, de muita leitura e muita produção de textos, para só depois desses (no mínimo) dois anos de preparação elas poderem começar a adentrar o terreno das teorias, das reflexões filosóficas, da literatura consagrada. É urgente a necessidade de letrar os estudantes de Letras que estão entre os menos letrados da universidade! É por isso que as salas de aula do ensino básico estão ocupadas por professoras e professores que, mal sabendo ler e escrever adequadamente, não poderão desempenhar sua principal tarefa: ensinar a ler e a escrever adequadamente!

Eu fiz uma pesquisa sobre como escrevem as professoras e professores de português do Distrito Federal. Coletei centenas de textos escritos por essas pessoas e o que tenho em meus arquivos é uma demonstração concreta de tudo o que falei até agora: mais de 80% de textos incompreensíveis, sem os requisitos mínimos de coesão e coerência, repletos de erros ortográficos, de pontuação, de concordância e por aí vai. Se assim escrevem os docentes, como podemos esperar que seus alunos possam aprender a escrever?

Por isso, aproveito esse momento em que estou falando diretamente aos estudantes de Letras para pedir que vocês se conscientizem de todos esses graves problemas que são, como sempre, problemas de ordem política e que precisam de uma solução política. Organizem-se, reivindiquem seus direitos, exijam uma transformação radical na estrutura mesma do curso, a começar pelo nome, que é uma vergonha para qualquer curso que pretenda ter uma natureza minimamente científica. Exijam que a universidade ensine a vocês o que vocês precisam aprender para atuar em sala de aula. E exijam também condições de trabalho dignas para nossos professores, salários decentes, investimento contínuo e crescente na educação. Não adianta nada o Brasil ser a 7a economia do mundo capitalista e ocupar ao mesmo tempo o posto número 65 no índice de qualidade de educação estabelecido pelas Nações Unidas. Estamos bem atrás da Argentina, do Chile e até mesmo da Bolívia, o país mais pobre da América do Sul.

O Brasil tem avançado muito nos últimos dez anos. Mas esses avanços foram conseguidos a duras penas, por meio de um reformismo social aliado a um pacto conservador. No campo da educação, as coisas estão estagnadas. Há mais de dez anos o índice de alfabetismo funcional não se move: 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. E se nós, comprometidos com a educação, não fizermos nada, certamente não será esse pacto conservador que vai fazer. Obrigado.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Reunião presencial da Executiva Nacional de Estudantes de Letras em Recife/PE



Data: 19 de Janeiro de 2013.
Local: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Coordenação: Frederico/Lucy.
Inscrições: Isa

Presentes:Adriana (coordenadora sul), Fred (comunicação sul), Gabriel (comunicação sudeste), Fran (executiva estadual – ES), Isa (executiva estadual - ES), João (executivo estadual – PE), Lucas (conselho fiscal), Italo (DALET), Edouard (executivo estadual – PE), Pedro (executivo estadual – PE), Cris (conselho fiscal), Yanara (comunicação nordeste), Honório (finanças regional – nordeste), Ingrid (CA UTFPR), Claudivan (CALET UNB), Nabylla (executiva estadual – PR), Allessandrine (CO ENEL 2013), Lucy (conselho fiscal).

Pauta:

  •           Informes;
  •          Análise de conjuntura;
  •          Reorganização da ExNEL;
  •          ExNEL pra quê?;
  •          XXXIII CoNEL – Vitória/ES;
  •          XXXIV ENEL – Manaus/AM;
  •          Cartilha da ExNEL;


Informes:

  • ·         Lucy ficará responsável pela arrecadação do dinheiro para a limpeza do alojamento no final de semana.
  • ·         III EAPEL – Encontro Amapaense de Estudantes de Letras, de 18 a 22 de março na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
  • ·      II ECEL – Encontro Capixaba de Estudantes de Letras, de 5 a 8 de abril no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).
  • ·        EREL / SE – Encontro Regional de Estudantes de Letras, de 30 a 2 de julho na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


·        Devido o cancelamento da reunião no dia 18/01, que ocorreu pois a maioria dos executivos ainda estavam chegando em Recife, a pauta sugerida ficou extensa para um dia só, 19/01. Assim, os executivos presentes decidiram debater os pontos e juntar outros, para alcançar a maioria dos assuntos propostos.

·    CONEB – Os Alojamentos fornecidos pela UNE são precários. A Oposição de esquerda encontra-se alojada majoritariamente na cidade de Olinda, onde falta água constantemente e não há banheiros para todo mundo. Agradecimento a Executiva Pernambucana de Estudantes de Letras e ao DALET da UFPE por terem conseguido o NAE para alojar os Executivos e os Alunos de Letras durante o CONEB e a BIENAL.

Análise de conjuntura:

·         Situação nacional do MEL;
·         Situação atual da ExNEL (Nacional, Regional, Estados);

Cada executivo presente falou da situação atual do MEL e a representatividade da ExNEL no seu estado/região. Focalizamos nos problemas vivenciados por cada comunidade e identificamos algumas similaridades, como: falta de pessoas engajadas no trabalho e a má comunicação dos executivoscom os CAs/DAs e os estudantes em geral. A Exnel sente problemas em representar sua base estudantil.Os problemas foram menores na região do Centro-Oeste e na UFAM, escola sede do próximo Encontro Nacional de Estudantes de Letras – ENEL.

ExNEL pra quê?

·         A ExNEL e os Estudantes;
·         Representação Estudantil;
·         CNPJ;

Encaminhamentos:

-Para o CNPJ ficar pronto o mais rápido possivel, os executivos presentes diviriam entre sí a elaboração de cada passo necessário e seus respectivos responsáveis, ficando:
*  Ata da última plenária, só da eleição – Fred e Adri;
* Ata de refundação - Cris e Vanessa;
* Assinaturas dos executivos nacionais – Lucy;
* Dinheiro para o advogado e  o contador - Lucas.

-Os executivos presentes concordam que as bandeira de lutas da ExNEL estão sendo tratadas de forma superficiais, necessidanto de pautas mais pontuais, como forma de nortear o trabalho de base. Fica definido, portanto, que “A valorização do Profissional de Letras” será o objetivo centralda entidade, que criará pautas pontuais (abrangendo problemáticas específicas, como exemplo a questão do bachareal em Letras e sua receptividade) saindo do objetivo cental, aproximando o estudante/profissional de Letras em suas diversas modalidades.
-Elaboração de campanhas de valorização, com frases marcantes, estratégia que será utilizada para chegar aos estudantes e divulgar as pautas da ExNEL. Para isso, serão usadas as diversas mídias sociais, com cartazes sendo divulgados no facebook e no site da ExNEL. As frases para a campanha devem ser encaminhadas para a Adri e a Fran, responsáveis pela elaboração dos cartazes.
- Decide, também, que o CONEL deverá construir a mesa de abertura da sexta (22/03) focalizando a valorização do profissional de Letras, como marco inicial das novas campanhas. A CO do evento se compromete a conseguir liberação das aulas, para que os estudantes possam participar da mesa.

(RE)organização da ExNEL;

·         Novas pautas;
·         Eixos norteadores da ExNEL;
·         Bandeiras de Lutas;
·         CONEL.

Encaminhamentos:

·         Todos reconhecem os diversos problemas no estatuto da ExNEL, todavia, através dos debates realizados, decidem que será mais prudente focalizar neste momento as pautas e o tema norteador “Valorização do Profissional de Letras”, realizando um bom trabalho de base, com mapeamento dos CAs/DAs para divulgar a entidade.
·         Assim, a programação do CONEL é refeita por todos os executivos, que percebendo a necessidade de alguns pontos específicos do estatuto, permanecendo os pontos de discussões sobre os cargos dos executivos e aquestão financeira trazida pelo estatuto. Para fomentar os debates serão realizados pré-coneis em cada região do Brasil.
·         O projeto do CONEL será revisado e publicado na lista de emails em breve.
·         Cada CA/DA deve organizar um pré-encontro, seja ele pré-erel ou pré-enel para poder iniciar a discussão política que irá envolver o encontro. É um trabalho de base fundamental para o aprimoramento das discussões políticas do espaço, além de chamar à base estudantil de letras para o debate de assuntos pertinentes aos espaços de referidos encontros.
·         Utilizar o CoNEL como um espaço de formação política para os executivos, representantes de CAs/DAs e estudantes de letras em geral que participem do Conselho.

Reunião presencial com a CO ENEL 2013:

Reunião organizativa com o pessoal da escola sede do ENEL 2013.
·         Apresentado o projeto do ENEL Manaus 2013. Foram realizadas algumas modificações sugeridas pela Executiva.
·         Ficou decidida a data do ENEL para os dias 21 a 27 de Julho de 2013.
·         O projeto será finalizado e encaminhado via e-mail.
·         Próximo espaço da ExNEL sobre o ENEL será no CoNEL.

F – Cartilha

Não está acontecento o grupo de elaboração da cartilha. Focar na elaboração dos textos!!!!